Japão: medicamento para esquizofrênicos pode ter causado 17 mortes

 Um medicamento para o tratamento de doentes adultos com esquizofrenia pode ter causado até 17 mortes no Japão desde novembro do ano passado, informou esta quarta-feira a unidade japonesa da farmacêutica internacional Janssen Pharmaceuticals, citada pela TSF.


A multinacional, uma filial do grupo norte-americano Johnson & Johnson, indicou que 17 pessoas morreram após terem recebido injeções deste medicamento, comercializado sob o nome Xeplion® e vocacionado para o tratamento de manutenção dos sintomas da esquizofrenia em doentes adultos.

 

Apesar de não estar comprovada a ligação do Xeplion® com estas mortes, a empresa farmacêutica responsável pela comercialização do produto decidiu aconselhar os médicos japoneses a usarem o medicamento, que contém a substância ativa paliperidona, com muita prudência.

 

A utilização deste medicamento estava aprovada em 78 países e territórios, incluindo em Portugal, à data de Junho de 2013, de acordo com as informações da empresa farmacêutica.

 

Segundo as estimativas da unidade japonesa da Janssen Pharmaceuticals, o medicamento terá sido usado por cerca 10.700 pessoas desde o seu lançamento no mercado nipónico a 19 de Novembro do ano passado.

 

As causas das 17 mortes registadas incluem ataque cardíaco, embolia pulmonar e asfixia por inalação de vómito.

 

Em muitos destes casos, os óbitos verificaram-se cerca de 40 dias após terem sido administradas injeções deste medicamento.

 

Numa nota informativa divulgada na página online da unidade nipónica da Janssen Pharmaceuticals, a farmacêutica indica que a “substância pode permanecer no organismo até pelo menos quatro meses após ter sido administrada”, aconselhando os médicos a ficarem atentos a qualquer efeito colateral.

 

No mesmo texto, a empresa também pede aos especialistas para se absterem na prescrição deste medicamento com outros medicamentos anti-psicóticos porque a “eficácia e a segurança” de tal combinação não foi estabelecida.

Fonte: RCM Pharma