Poucas mulheres fazem exame para detectar clamídia, mostra estudo

Doença é uma das DSTs mais comuns e pode levar à infertilidade

Apenas 38% das 16 milhões de americanas com idades entre 1 5 e 25 anos e sexualmente ativas foram rastreadas para detectar infecção por clamídia no ano anterior, doença que envolve riscos de dores crônicas, infertilidade ou gestações de alto risco.

A clamídia é a doença sexualmente transmissível mais reportada nos Estados Unidos, com 1,3 milhões de novos casos em 2010.
Como a infecção não costuma apresentar sintomas, a taxa real de novos casos pode ser o dobro do estimado.

Se diagnosticado precocemente, a infecção por clamídia é facilmente tratada com antibióticos. Por isso as autoridades americanas recomendam o exame anual para todas as mulheres sexualmente ativas, e um novo teste três meses após o tratamento para as que estavam infectadas.

Mas de acordo com os novos estudos, muitas mulheres não seguem essas recomendações. “Os dados mostram que estamos perdendo oportunidades de proteger as mulheres“, dizem os autores.

Em um estudo, dados de 2006 a 2008 mostraram que 38% das mulheres com idades entre 15 e 25 anos foram testada como recomendado. As taxas de testes foram mais altas entre certos grupos, incluindo mulheres entre 20 e 25 anos, em que 42% delas haviam sido examinadas. Aquelas com múltiplos parceiros também tiveram alta taxa de exames, com 47%.

Mesmo entre as que haviam passado pelo exame, elas frequentemente não repetiram o teste para se certificar da cura.
De acordo com uma análise, apenas 11% dos homens e 21% das mulheres fizeram um novo teste seis meses após o tratamento.
As infecções não tratadas podem se espalhar para o útero e tubas uterinas, causando inflamações pélvicas. Infecções não diagnosticadas no trato genital superior podem danificar os órgãos, causando dor crônica, infertilidade e gestações ectópicas.

Assim como outras doenças sexualmente transmissíveis, a clamídia pode deixar a mulher mais vulnerável a infecções pelo HIV.

Fonte:
Portal Estadão