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Brasil obtém direito de votar regulamento global
O Brasil agora faz parte de um órgão internacional que discute as regulamentações do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, o International Cooperation on Cosmetics Regulation (ICCR). O comitê foi fundado há oito anos por representantes dos Estados Unidos, do Japão, do Canadá e da União Europeia.
A s autoridades sanitárias e a iniciativa privada dos países membros participam das discussões. O Brasil será representado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O país já participava como ouvinte há três anos, mas os representantes não podiam opinar e votar as decisões regulatórias.
O Brasil é o terceiro maior mercado de beleza do mundo, segundo a Euromonitor, com vendas ao consumidor de R$ 91,6 bilhões no ano passado. Com a inclusão do país como membro, o ICCR passa a representar mais de 60% do mercado mundial do setor, segundo a Abihpec.
Entre os temas em pauta no ICCR, estão a lista de matérias-primas proibidas no setor, os limites no uso de nanotecnologia e a classificação de produtos orgânicos. São temas polêmicos, de interesse da indústria, e que precisam ser discutidos com as autoridades sanitárias.
O Brasil pode, a partir de agora , levar a demanda local e trazer ao país adequações ao mercado global, o que pode facilitar a exportação de produtos da indústria nacional, segundo João Carlos Basilio, presidente da Abihpec.
“É uma grande conquista“, diz o executivo. Segundo Basilio, a Abihpec tentava juntar-se ao grupo desde sua fundação. A entrada no comitê vai facilitar o planejamento de pesquisa e desenvolvimento das empresas brasileiras, antecipando tendências, acrescenta ele. “As empresas brasileiras vão ganhar tempo e planejamento. Já estamos debatendo agora [no ICCR] a regra que vai entrar em vigor em 2015, 2016.“
Os membros do ICCR se organizam em grupos de trabalho, com reuniões ao longo do ano. As questões discutidas são aprovadas em encontro anual dos agentes do governo e da indústria.
Fonte: Valor Econômico