Ebola: 5 crianças são monitoradas nos EUA

 Ao menos cinco crianças que tiveram contato com o paciente diagnosticado anteontem como vírus Ebola nos Estados Unidos estão sendo monitoradas por autoridades sanitárias de Dallas, no Texas.

O homem, identificado como Thomas Eric Ducan, que continua internado, apresentou sintomas após voltar da Libéria, país que lidera os números de mortes e casos registrados na África. Segundo balanço da Organização Nacional da Saúde (OMS), a Libéria já registrou 1.998 mortes e 3.696 casos.

O governador do Texas, Rick Perry, confirmou ontem que algumas crianças em idade escolar tiveram contato com o paciente. Autoridades sanitárias informaram que Ducan esteve em contato com entre 12 e 18 pessoas, mas não há confirmação de que elas foram infectadas.

As cinco crianças, que provavelmente estiveram como paciente em uma casa durante um fim de semana, frequentaram quatro escolas. Por decisão das autoridades, as unidades vão continuar em funcionamento.

A equipe de saúde vai monitorar as pessoas que ficaram expostas ao paciente após ele começara apresentar os sintomas do vírus. Isso por um período de 21 dias, que corresponde ao tempo em que um paciente começa a manifestar a doença.

O homem infectado trabalhou em uma empresa na Libéria e pode ter-se infectado após socorrer a filha do dono da casa onde morava, no dia 15 de setembro.
Ela ficou gravemente doente e foi levada para o hospital. Um dia depois, morreu. Depois disso, o filho do dono da casa, que ajudou a socorrer a mulher, também morreu. Vizinhos afirmaram que duas outras pessoas que tiveram contato com essa mulher morreram.

Ducan foi a um centro de saúde no dia 26, mas a equipe de saúde prescreveu antibióticos e o enviou de volta para casa, segundo meios de comunicação locais. Ele começou a sentir os sintomas, que vão de dores musculares e vômitos até febre e sangramentos após vol tar de viagem. Dois dias após ser dispensado pelo serviço de saúde norte-americano, o paciente foi levado em uma ambulância para um hospital no Texas, onde permanece internado.

“O paciente foi isolado desde o início e até o momento não há nenhum outro caso de pessoas que tiveram os sintomas”, declarou Mauricio Lascano, epidemiologistados Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta. Um porta voz do centro médico disse ontem que o paciente apresenta “estado grave”. O diretor do CDC Thomas Frieden, enfatizou que não é provável que a doença se propague nos Estados Unidos.

Fonte: O Estado de S.Paulo