Personalidade do médico influencia relação com o doente

 Um estudo das u niversidades do Minho, Beira Interior e Algarve concluiu que a personalidade dos estudantes de Medicina influencia a forma como estes lidam com os doentes. Os mais amistosos, conscientes, extrovertidos e abertos a experiências tendem a apresentar níveis mais elevados de empatia. A investigação acaba de ser publicada na conhecida revista “Plos One”, avança comunicado de imprensa.

A importância da boa comunicação na relação médico-doente tem sido recorrentemente demonstrada, com a melhoria de resultados clínicos, a redução de queixas dos doentes e a maior satisfação com o seu médico. Este estudo português vem mostrar que a empatia é uma característica fundamental na relação médico-doente, sendo por isso essencial a sua promoção nos cursos de Medicina e junto dos alunos da área. A empatia revela-se pela capacidade de perceber o doente, de ver o mundo da mesma forma que este o vê e, ainda, de transmitir essa percepção ao doente.

“A adopção de abordagens educativas centradas nas características pessoais do estudante contribuirá positivamente para este objectivo”, salienta o professor Manuel João Costa, da Unidade de Educação Médica da UMinho. A investigação usou instrumentos internacionais validados para a população nacional para aferir os níveis de empatia de alunos de Medicina das universidades do Minho, Beira Interior e Algarve e os associar com a sua personalidade.

O projecto foi promovido por uma rede de investigação em educação médica com membros da Escola de Ciências da Saúde da UMinho, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e do Departament o de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve. Esta rede surgiu em 2012 e visa melhorar a educação médica em Portugal, através da dinamização de estudos na área com qualidade internacional, procurando organizar uma nova e abrangente comunidade científica de investigadores, professores, estudantes e colaboradores ativos interessados.

Fonte: RCM Pharma