ONG promove seminário gratuito em Recife para esclarecer população sobre Mielona Múltiplo

Uma dor mais persistente na coluna lombar pode ser algo mais grave como o mieloma múltiplo, o segundo tipo de câncer de sangue mais frequente no mundo? O desconhecimento sobre a doença leva a busca pelo tratamento da dor ocasionando uma demora de cerca de dois anos para chegar ao diagnóstico. Com o objetivo de esclarecer a população de Recife (PE) sobre a doença e discutir seu tratamento, a Fundação Internacional do Mieloma (IMF) - organização mundial dedicada a melhorar a qualidade de vida dos pacientes - promoverá um seminário gratuito para o público, no dia 2 de julho, no Golden Tulip Recife Palace. As inscrições são limitadas.

O evento contará com palestras dos hematologistas de referência internacional: Dra. Vânia Hungria, professora de hematologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e Prof. Dr. Angelo Maiolino, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo eles, 80% dos pacientes passam cerca de dois anos procurando tratamento para os sintomas mais comuns – anemia e dores nas costas – o que acaba atrasando muito o diagnóstico por um especialista como um hematologista ou oncologista. “Muitos já descobrem a doença em um estágio avançado e com outras complicações. Nosso objetivo é aumentar o conhecimento da população sobre a doença e seus sintomas. Quanto mais cedo iniciarmos o tratamento, melhor será a qualidade de vida do paciente.”, explica Dra. Vania.  

A boa notícia é que nos últimos anos houve disseminação do uso de novos medicamentos e da realização de transplantes autólogos (da própria pessoa) de medula óssea, proporcionando um aumento médio na sobrevida em mais de 30%. Na década de 90, havia poucas opções terapêuticas e a sobrevida média era de no máximo três anos. Hoje, com o avanço das novas drogas, ela passou para mais de cinco anos, podendo se tornar uma doença crônica nas próximas décadas.

O mieloma múltiplo (MM) é o segundo tumor hematológico (do sangue) mais comum no mundo, representando cerca de 1% de todos os casos de neoplasia (câncer maligno). Ele ocorre devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas – produzidas na medula óssea – que se acumulam na medula óssea e causam problemas nos ossos e rins, anemia, fraturas e infecções. É mais predominante em pessoas com mais de 60 anos.

De acordo com estudo realizado pela Santa Casa de São Paulo sobre a doença em 10 hospitais brasileiros e com aproximadamente 1.100 pacientes, apenas 5% das pessoas diagnosticadas com mieloma múltiplo no estudo descobriram o câncer em exames de rotina, ainda no início da doença. No Brasil, a estimativa é de quatro casos de mieloma múltiplo para cada 100 mil habitantes. Nos EUA, são registrados 19 mil novos casos anualmente.
Inscrições e informações: 11 3726-5037 ou www.myeloma.org.br

Fonte: Snif