Farmacêuticos venezuelanos pedem medidas urgentes devido à escassez de medicamentos

 A Federação Farmacêutica da Venezuela (FFV) pediu esta quarta-feira ao Governo que adopte medidas urgentes para combater a escassez de medicamentos, alertando que os primeiros meses de 2015 vão ser críticos para o sector, avança o dnoticias.pt.


Em declarações aos jornalistas, em Caracas, o presidente da FFV, Freddy Ceballos, disse que a Venezuela já regista uma escassez de medicamentos da ordem dos 60%.

Aquele responsável precisou que no passado, quando a falta de medicamentos atingia os 15%, se acendiam os alarmes na indústria, o que permite medir a dimensão da crise actual e afirmou que entre os medicamentos que mais escasseiam estão os que se destinam a tratamentos para a tiróide, antipiréticos, anticonvulsionantes e cremes de todo o tipo.

Para os farmacêuticos as causas da falta de medicamentos, explicou, “são as mesmas que enfrentam outros sectores da economia nacional“, designadamente “o controlo de preços, a baixa atribuição de divisas (dólares para importações) e as licenças“.

Desde 2003 que vigora na Venezuela um apertado sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira e obriga os empresários e fabricantes a solicitar às autoridades a obtenção das autorizações necessárias para aceder a dólares para importar matéria-prima.

Nos últimos meses, aumentaram as queixas dos venezuelanos sobre o alto preços dos medicamentos e das dificuldades para conseguir alguns remédios, entre eles os que estão são usados por hipertensos, por diabéticos e analgésicos para tratar a dengue e a chikungunya.

RCM Pharma